Departamento de Comércio dos EUA dá notícia trágica sobre semicondutores

A escassez global de semicondutores impactou tudo, desde a indústria de videogames até a fabricação automotiva. Enquanto empresas como a Bosch aumentam o investimento na fabricação de microchips, a demanda por produtos só continua a aumentar. Como resultado, as interrupções na cadeia de suprimentos ainda atrapalham inúmeras indústrias, e um estudo recente do Departamento de Comércio dos EUA mostra que a falta de semicondutores persistirá em 2022.

Embora a demanda nos EUA esteja entre as mais altas do mundo, 80% dos microchips em produtos consumidos pelos americanos são fabricados na Ásia. Essa dependência de semicondutores fabricados no exterior reduziu o estoque de chips disponíveis para marcas americanas. Em 2019, as empresas relataram ter um fornecimento de microchips de 40 dias. No final de 2021, muitas dessas mesmas marcas tinham apenas um suprimento de 5 dias disponíveis.

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“Cinco dias de estoque. Não há margem para erros”, admitiu a secretária de Comércio, Gina Raimondo. “Isso mostra o quão frágil é essa cadeia de suprimentos.” Devido à escassez, o Departamento de Comércio dos EUA realizou uma pesquisa voluntária com 150 empresas em 2021. “Há um descompasso significativo e persistente na oferta e demanda de chips, e os entrevistados não viram o problema desaparecer nos próximos seis meses”, resumiu Raimondo.

Como esperado, a diminuição da oferta de semicondutores continua elevando os preços, com os preços dos automóveis subindo 15% e o varejo eletrônico 10% maior. No entanto, os democratas da Câmara e o presidente Biden estão pressionando por US$ 52 bilhões em investimento na produção e pesquisa de semicondutores.

Até agora, a Intel Corp respondeu ao chamado, com planos de construir duas novas fábricas de semicondutores em Ohio. A Samsung Electronics também investirá US$ 17 bilhões em uma nova instalação de produção de chips avançados em Taylor. É claro que a Intel e a Samsung levarão tempo para construir operações tão expansivas, mas a demanda do consumidor não vai acabar tão cedo.

“A demanda por chips é alta. Está aumentando”, concluiu Raimondo. Até que a cadeia de suprimentos retorne à sua eficiência pré-pandemia, isso pode significar preços mais altos de motocicletas para os motociclistas. Torçamos para que essa escassez de chips termine e surjam novas oportunidades de emprego, principalmente no mercado brasileiro.