Em 15 de fevereiro de 2023, os organizadores do MotoGP anunciaram oficialmente seus planos de nomear os pilotos Andrea Dovizioso e Hanz-Georg Anscheidt como MotoGP Legends no final deste ano. Cada um desses pilotos será introduzido no MotoGP Hall of Fame em cerimônias separadas, com Dovi no Mugello MotoGP e Anscheidt na rodada Sachsenring MotoGP. É, sem sombras de dúvidas, uma indicação merecidíssima para o Hall da Fama.
Veja mais: Co-fundador da Honda entra para o Hall da Fama
“Estamos muito orgulhosos de introduzir Andrea e Hans-Georg no MotoGP Hall of Fame. Dois pilotos que conquistaram muito e dois pilotos que foram emblemáticos das épocas em que competiram. Estamos ansiosos para receber eles de volta ao paddock para serem nomeados Legends”, disse o CEO da Dorna, Carmelo Ezpeleta, em um comunicado.
Hall da Fama do MotoGP:
“Andrea já era Campeão do Mundo no início de sua carreira e anos depois ainda nos emocionava como parte fundamental de algumas das melhores batalhas da era moderna do MotoGP. Foi um prazer para nós vê-lo competir e conquistar algumas das vitórias mais próximas no MotoGP de que me lembro. Ele é, sem dúvida, uma lenda! Hans-Georg teve enorme sucesso na classe de 50cc e conquistou três títulos consecutivos, o que é uma conquista especial que poucos conseguiram. Ele tem um lugar importante na história e foi uma figura chave naquela segunda década de competição de Grandes Prêmios, deixando todos nós orgulhosos de nomeá-lo hoje como uma Lenda do MotoGP”, acrescentou Ezpeleta.
O nome de Dovizioso é bem conhecido dos fãs modernos do MotoGP, tendo subido na classificação para conquistar o título do Campeonato do Mundo de 125cc em 2004. A partir daí, ele foi um candidato ao pódio na classe de 250cc e depois na classe de MotoGP em 2008. Ainda recentemente, Em 2020, Dovizioso ainda vencia corridas no mais alto nível do esporte.
Anscheidt vem de uma era diferente, tendo feito seu nome no enduro e no autódromo na década de 1950 antes de iniciar as corridas de circuito na classe 50cc em 1959. Na década de 1960, Anscheidt realmente começou a brilhar na classe 50cc. De 1966 a 1968, ele conquistou o título do Campeonato Mundial de 50cc após o título.
“É um grande prazer para mim tornar-me uma lenda do MotoGP. Eu não esperava, pois a classe de 50cc veio anos depois que as outras classes do Campeonato do Mundo começaram e já se foi. Estou muito feliz e farei tudo o que puder para vir a Sachsenring junto com meu filho”, disse Anscheidt em um comunicado.
“A classe de 50cc foi muito especial para mim, pois já corria com motos offroad maiores e tive que aprender a lidar com essas feras minúsculas e trêmulas com sua faixa de potência estreita e pneus estreitos de duas polegadas que não tinham margem para erro. Quando a Moto Cup 50 cc começou em 1959, eles tinham uma média de 100 km/h. Em 1960 já era de 110 km/h. Em 1961 a velocidade máxima do nosso Kreidler no Campeonato da Europa rondava os 140 km/h, quando corri pela última vez em Spa em 1968, a minha Suzuki subiu para os 205 km/h. Foi um desenvolvimento incrível nesses primeiros anos”, continuou ele.
“Faz muito tempo que não entro no paddock, então estou muito animado para ver o Campeonato Mundial novamente. Sei pela TV que as corridas estão muito acirradas!” concluiu Anscheidt.
“Estou ansioso para voltar ao paddock para uma visita, e ser introduzido no Grande Prêmio da Itália o torna realmente especial. Estou surpreso e muito feliz, feliz por me tornar uma lenda da MotoGP. Então, muito obrigado!” disse Dovizioso, ao saber da notícia.