Os combustíveis neutros em carbono poderiam ser a salvação do motor de combustão interna? Vejamos como a Yamaha e Kawasaki pretendem construir para sanar esse “problema” e disputar com os modelos elétricos.
Com as motocicletas elétricas surgindo à esquerda e à direita, e de uma infinidade de fabricantes, grandes e pequenos, a indústria de motocicletas praticamente se resignou ao eventual desaparecimento do motor de combustão interna. Bem, simplesmente, a resposta é não.
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Um meio-termo entre a eletrificação total dos veículos de duas rodas parece ser a hibridização – algo que vemos em pequenos scooters no mercado asiático. Há também a energia do hidrogênio, algo em que Kawasaki vem trabalhando há algum tempo. Agora, em uma reviravolta interessante, outro renomado fabricante japonês está juntando forças com a Kawasaki. A Yamaha sentou-se à mesa ao lado da Team Green. As duas empresas trabalharão juntas para desenvolver novos motores a hidrogênio para uso em futuros modelos de motocicletas.
A Kawasaki há muito vê o hidrogênio como combustível alternativo para seus veículos. Atualmente, possui tecnologia que demonstra a viabilidade do hidrogênio produzido a partir da lenhite australiana em motores de combustão interna. Além disso, a Kawasaki Heavy Industries também é proprietária do primeiro carreador de hidrogênio liquefeito do mundo, chamado ‘The Suiso Frontier’. Além de motocicletas, a Kawasaki também busca fabricar motores movidos a hidrogênio para veículos pesados e equipamentos como embarcações terrestres e marítimas, bem como um gerador de turbina movido a hidrogênio.
Enquanto isso, a Yamaha também expressou suas sólidas intenções de se tornar “verde”. Na verdade, a empresa tem metas de atingir 100% de neutralidade de carbono até 2050. Em um futuro não tão distante, podemos esperar ver outros grandes se juntarem à Kawasaki e à Yamaha na corrida para produzir veículos de duas rodas movidos a hidrogênio.
A Suzuki e a Honda também traçaram planos de explorar combustíveis alternativos e soluções neutras em carbono ao lado do desenvolvimento de veículos elétricos. Esperamos que estas opções venham para impulsionar o mercado e que as superbikes não deixe nada a desejar em potência e acessibilidade.